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Músculos: Como nos movimentamos?

Músculos: Como nos movimentamos?

 São os movimentos que nos permitem fazer tudo, desde respirar até praticar esportes. E são os músculos que nos permitem movimentar.

Vamos estudar o sistema muscular e observá-lo funcionando na prática?! 

 

O que é Movimento?

Você consegue se imaginar totalmente estático, sem realizar qualquer movimento? Será que o mais experiente performer de estátuas, que é capaz de ficar horas numa mesma posição, está totalmente imóvel? De fato, não: na verdade, os músculos da respiração estão em atividade garantindo o fluxo de ar nos pulmões, assim como o coração está bombeando o sangue, ritmicamente, pelo corpo. No entanto não conseguimos perceber esses movimentos! Por outro lado, quando nosso esqueleto se move, seus movimentos são claramente visíveis: é o caso de quando comemos, conversamos, gesticulamos, coçamos, abraçamos, andamos, corremos, etc.

 

Segundo a definição do dicionário Michaelis "Movimento é o ato de deslocar (mover) ou deslocar-se (mover-se)"; no caso dos músculos, movimento significa cada uma das partes que estão se contraindo ou apresentam contração. Assim, quando um músculo está em atividade dizemos que está em contração.

Clique aqui para saber mais sobre Contração Muscular.

  

Movimentar significa não apenas deslocar nosso corpo de um lugar a outro (ou seja, realizar trabalho) mas também movimentar partes do corpo, sem qualquer deslocamento. Um movimento pode ser muito discreto como o piscar do olho ou amplo, evidente e complexo como uma dança, um jogo de capoeira, ou um sorriso. Mesmo dormindo movimentamos o nosso corpo.

E não podemos falar em movimento sem falar em MÚSCULOS!

 

Os movimentos corporais são produzidos pela ação dos músculos sobre os ossos que se movem ou se estabilizam pela presença de articulações. Os músculos que estão associados a tendões e ossos são chamados músculos esqueléticos e os associados às vísceras, músculos viscerais. Há dois tipos de músculos viscerais: o do coração que é chamado músculo cardíaco e do restante das vísceras, denominado músculo liso (trato gastrointestinal, útero, bexiga urinária, vasos sanguíneos, etc.).

 

A musculatura visceral, ao invés de mover ossos,  quando em atividade movimenta o que há dentro do órgão: por exemplo, o coração quando "bate" bombeia o sangue pelo sistema circulatório; a bexiga urinária quando contrai elimina a urina, e o estômago, mistura o bolo alimentar.  Ambos os sistemas musculares, esquelético e visceral, são controlados pelo sistema nervoso. A diferença é que o músculo esquelético podemos controlar voluntariamente mas as vísceras, ao contrário, funcionam independente da nossa vontade!

 

         Faz     sentido

        então                      dizer 

     que não     podemos

 controlar           nosso

      coração!!!

 

 

O que é necessário para mexer e remexer muito?

Quer fazer uma pausa e se divertir um pouco?

 Vejamos o check list:

O Músculo: sistema  gerador da força mecânica por meio da sua contração. O músculo é constituído de fibras musculares que podem variar o seu comprimento. Quando se encurtam dizemos que estão se contraindo e quando se alongam, que estão se distendendo. Além das fibras musculares contráteis encontramos, nos músculos esqueléticos, elementos elásticos muito resistentes como as aponeuroses (tecido que envolve feixes de fibras musculares) e os tendões (unem os músculos aos ossos). No tecido muscular além da inervação sensitiva e motora, há uma rede de vasos sanguíneos muito importantes para levar e trazer os produtos do metabolismo celular.

Visão microscópica de músculo: fibras musculares

 

A Fonte de energia: necessária para a geração da tensão mecânica e que provem do metabolismo, ou seja, moléculas de ATP. As moléculas de ATP possuem ligações químicas altamente energéticas que quando quebradas por ATPases, fornece energia que será convertida em energia mecânica. Esse processo biológico não é 100% eficaz: boa parte da energia química é perdida na forma de calor. É por isso que sentimos tanto calor quando fazemos exercícios! Seja como for, o ATP é produzido durante a atividade metabólica aeróbia (combustão de glicose na presença de oxigênio) ou anaeróbia (ausência de oxigênio).


Veja mais sobre metabolismo e ação muscular clicando aqui. 

Energia vem dos alimentos: clique aqui e saiba sobre nutrição e músculos

Cálcio: íon divalente (Ca++) que fica armazenado dentro do Retículo Sarcoplasmático, nas fibras musculares, essencial no processo molecular da contração.

Sistema Nervoso: as fibras musculares esqueléticas (diferentemente das fibras cardíacas e lisas) dependem completamente da estimulação nervosa consciente para realizar a contração. A força de contração depende da intensidade de estimulação nervosa no músculo.

Como podemos observar na figura ao lado, um mesmo músculo recebe a inervação de mais de um neurônio motor que inerva por sua vez, mais de uma fibra muscular. O neurônio motor e as fibras que ele inerva forma uma unidade funcional do músculo chamada unidade motora. Assim, quando um impulso nervoso percorre o axônio do neurônio motor, todas as fibras por ele inervadas contraem-se.

A comunicação entre o neurônio e as fibras musculares ocorrem por meio de uma sinapse especial chamada junção neuromuscular cujo neurotransmissor é a acetilcolina. A acetilcolina gera na fibra muscular impulso elétrico que se propaga ao longo da fibra e para o seu interior até chegar no reticulo sarcoplasmático. A chegada do impulso elétrico promove a liberação de  Ca++ para o citoplasma. Pronto! Com o íon Ca++  liberado para o citoplasma as moléculas de actina e a miosina podem se unir e dar início ao mecanismo de deslizamento dos filamentos finos sobre os grossos, ou seja, a contração muscular.

 

Mas quando falamos em músculos o que nos vem à mente é...

Sim, EXERCÍCIOS e ESPORTES!!!

 

Nada é mais apropriado do que as atividades esportivas para perceber o estado de arte dos músculos em ação.  A atividade muscular esquelética além de nos ajudar no dia-a-dia possibilita performances extraordinárias como demonstram os sucessivos recordes olímpicos ao longo da História, por exemplo.

Os gregos inventaram os Jogos Olímpicos que são tradicionais até hoje. Foram eles que inventaram a corrida de longa distância em homenageiam ao herói Pheiddipides: é uma prova de resistência conhecida como maratona cujo percurso é em torno de 42 quilômetros! E isso não é para qualquer um! Mas também há corridas de curta distância como a dos 100m rasos cujo objetivo é uma prova de velocidade. Você sabe a diferença entre a atividade muscular nessas duas competições? 

Clique aqui para saber mais sobre os diferentes tipos de exercício!

  Que tal um pouco de história: o que você sabe sobre a Maratona? Clique aqui e descubra o que  há de interessante!

Links interessantes para você saber mais:

 O corpo no limite: Sistema Nervoso (em espanhol): Parte 1Parte 2Parte 3Parte 4Parte 5)

O corpo humano (Parte 1Parte 2 e Parte 3)

Vários tutoriais animados sobre Biologia Geral (em inglês): Sumanas. Inc

 

Como citar:

Autores: Jaqueline Ramalho, Juliana Irani Fratucci de Gobb, Lucia Regina Machado da Rocha, Silvia Mitiko Nishida,
Data Publicação: 00/00/0000
Página: http://museuescola.ibb.unesp.br/subtopico.php?id=2&pag=2&num=3